Cairu morada do Sol
As casas eram afastadas umas das outras, cobertas de palhas e feitas de barro.
Não tinha energia elétrica usavam candeeiros movidos a querosene; para lavar as roupas usavam água de rios e poços. Essa água também era utilizada para os trabalhos domésticos.
Naquela época tinha muita coisa boa, por exemplo, as brincadeiras de roda de se esconder, graças a Deus tinham pouca violência e nem se falava em drogas. As pessoas dormiam em suas portas sem medo e até amanheciam o dia, porque tinha certeza que nada de mal lhe acontecia. Naquele tempo os povos eram mais unidos, resumindo estavam presente em caso de doença até mesmo na morte.
“Cairu pouca população e muita união!”
Apesar de ter muita coisa boa, nem todo mundo vivia bem, devido as dificuldades que eram inúmeras. Mas para superá-las existiam muitas festas populares; por exemplo: o frevo, samba de roda, jornada, procissão, leilões e novenas. Os sambas de roda eram feitos dentro dos carramanchões. Para que as festas fossem realizadas com sucesso os comerciantes cooperavam com os organizadores. Os primeiros comerciantes foram: Januário, Neco da Luz, Paizinho, Zezinho, Mano, Cidú, Elísio, Valdelice e Zé do Samba.
Com todos os sofrimentos a vida era mais sadia e menos perigosa.
Além dos mariscos, tinham como sustento das famílias o cultivo do dendê para fazer o azeite e também o cultivo da mandioca que era fabricação de farinha e uma iguaria muito conhecida como o beiju. Dendê era colhido por etapas, dividiam-se as famílias por colheitas para que não existissem brigas. Depois de catados eram cozidos, pisados e lavados, após esse processo separava-se o azeite. Ai era só enlatar para comercializar.
Do dendê se aproveitava tudo do caroço a casca. A casca virava bagaços que acendia o fogo, os caroços eram partidos para fazer óleos, a produção de óleo foi tão aceita que chegavam caroços até de saveiro para serem partidos. Também naquela época existia o plantio de amendoim maranhão e cana.
As crianças estudavam em casa que serviam de escolas e os professores eram leigos, ou seja, não tinham formação, mas mesmo assim não faltava disciplina nem força de vontade. Graças a Deus a primeira escola foi construída e foi batizada com o nome Escola Visconde de Cairu. A mesma foi construída na década de 60 pelo município de Maragojipe, mas virou uma obra inacabada, daí Cairu passou a ser governado por Salinas da Margarida e para a alegria do povo cairuense a escola finalmente começou a funcionar. As primeiras professoras foram: Éster, Nina, Estelita, Zelita e Célia.
A vida ainda tinha rotina com pouquíssimas mudanças.
Na década de 70 mais ou menos em 75 / 76 o inesperado aconteceu, a energia elétrica chega a Cairu através do Sr. Égas que naquela época era secretario geral da Coelba de Salvador. E com o progresso acontecem as metamorfoses, ou seja, as transformações. Com a chegada da energia melhora o comércio de frutos do mar, os negociantes tinham como congelar os mariscos para levar até Salvador.
Ai foram chegando os meios de comunicação como rádios e televisões, com isso os negociantes foram aprendendo cada dia mais a comprar e vender sem que prejudicassem e nem fossem prejudicados.
Muita coisa mudou no final da década de 70 para o início da década de 80, foram construídas a Escola Clodoaldo Brito e o Posto de Saúde.
A escola foi batizada com esse nome em homenagem à Codó que foi um grande violonista que por onde andava levava seu talento e nunca se esquecia de dizer que era filho de Cairu de Salinas.
Os meios de transportes deixaram de serem de lancha no porto de Cairu e passaram a ser em Barra do Paraguaçu onde já havia sido construída uma ponte de madeira. Com o passar dos anos a ponte de madeira foi substituída por uma ponte de concreto feita pó Benedito Dourado da Luz. Naquele tempo existia os carregadores que ajudavam toda população a levar e trazer suas bagagens principalmente as dos negociantes que por sua vez retribuíam esses com gorjetas. Essas gorjetas os meninos iam correndo para o Bar de Zezinho que era comerciante naquela época e bebiam uns refrescos que para eles era uma delícia!
Esse refresco foi batizado por “agite e beba” de vovô, que vendia muito, acompanhado de pão e chouriça de porco. O agite e beba de vovô fez muito sucesso e todos queriam provar, tinha de diversos sabores: coco velado, mangaba, manga, maracujá e caju. Daí a coisa foi ficando melhor e um dia vovô teve uma grande idéia, comprar bugigangas.
Essa idéia mobilizou todo Cairu e regiões vizinhas, tudo de velho que achavam no lixo que pudesse ser aproveitado vendiam a Zezinho. Os meninos não deixavam vovô em paz. Com isso o comércio foi melhorando, ele comprava, vendia e trocava as mercadorias, o mais interessante era que ele nunca dizia que não queria.
Em 1987 chegava a Cairu o telefone. Melhorou muito a comunicação do local e em seguida chega a água encanada e o Cairu elege seu primeiro representante que foi Elísio Bonfim de Souza que com ajuda da atual prefeita da época trouxe muitos benefícios, por exemplo: a construção da praça principal de Cairu que está localizada na Rua da Igreja. A praça homenageia Antonio Antonino de Souza Conhecido como Alemão, o pai de Elísio. Esse nome foi dado a praça em homenagem a sua pessoa que foi conhecido como herói por ter salvado uma mulher que se jogou do navio em alto-mar e por ter resgatado a hélice de uma lancha que se soltou do eixo.
Com a saída do Navio Maragogipe, os negociantes passaram a viajar de ônibus.
Os negociantes se deslocavam de Cairu até Conceição para pegar o ônibus que ia até Bom Despacho. Esse sofrimento durou um pouco, mas até que um dia a estrada que ligava Conceição a Cairu foi construída. Ai então o ônibus começou a entrar em Cairu.
Em 1992 reelegemos Elísio. O Cairu cada dia que passava crescia mais.
Com a chegada dos dutos da Petrobrás o progresso toma conta de Cairu. O melhoramento das estradas, os jovens começam a sentir o gosto do 1º emprego e a chegada de muitos veranistas. A população só foi aumentando e com isso foi construído um anexo da Escola Januário Heliodoro de Lima que já tinha sido construída na década de 80. O anexo sérvio de pré-escola para acolher as crianças de 5 anos. O Cairu cada dia mais ia crescendo em população e financeiramente, já não era o mesmo, mudou muito em todos os aspectos.
Em 1996 aconteceu um feito histórico, mesmo com a pequena população elege dois vereadores: Eduardo Santos Pereira (Edú) e reelege mais uma vez Elísio Bonfim de Souza. Com isso começa a pavimentação, o Cairu cada dia que passava ficava mais conhecido no estado da Bahia.
A população ficou muito alegre com tantas mudanças; coisas que nunca imaginavam que ia chegar em Cairu estavam chegando era o pregresso em nosso distrito. Mais ou menos no ano de 2000 (dois mil) passa a ter associação de Moradores cujo propósito era de ajudar a população cairuense. Foi designado o 1º presidente da Associação, o Sr. Pedro Bispo dos Santos. O mesmo consegue trazer para a população um projeto para construção de banheiros.
Em 2002 (dois mil e dois) inauguramos a nova Escola Clodoaldo Brito e o Posto de Saúde de Cairu. A escola que tinha 6 cômodos ganhou mais 6. Foi uma alegria só, tanto para os alunos quanto para toda população. O posto de saúde foi construído na antiga escola Visconde de Cairu situado na Rua do Cruzeiro. Os moradores foram beneficiados com ambulância 24h, médicos diariamente, planejamento familiar, pré-natais, preventivos, remédios gratuitos e até tratamento odontológico.
Com o prefeito Wilson o Cairu deu um salto muito alto de 1996 a 2004.
Em 2005 (dois mil e cinco) Wilson deixa um sucessor, “Chico”, que deu continuidade aos seus trabalhos, foram construídas praças, casa do pescador e suportes as associações de Pescadores e Marisqueira e a associação da Terceira Idade. Com a associação de pescadores e marisqueira deu-se início à projetos da Petrobrás como: reforma das casas que foram prejudicadas com a passagem de veículos pesados, as marisqueira foram contempladas com tickets de uma cesta básica e vale gás os pescadores começaram a se conscientizar que tinham direito a “defeso” que consiste em um beneficio de dois salários mínimo na época da desova de camarões.
A associação de pescadores e marisqueira conseguiu trazer o projeto de construção de cozinhas para que tivesse mais comodidade na hora de escaldar e catar seus mariscos.
Em 2009 (dois mil e nove) mais um feito histórico a associação de marisqueira e pescadores consegue beneficiar também as marisqueira com o defeso.
As casas eram afastadas umas das outras, cobertas de palhas e feitas de barro.
Não tinha energia elétrica usavam candeeiros movidos a querosene; para lavar as roupas usavam água de rios e poços. Essa água também era utilizada para os trabalhos domésticos.
Naquela época tinha muita coisa boa, por exemplo, as brincadeiras de roda de se esconder, graças a Deus tinham pouca violência e nem se falava em drogas. As pessoas dormiam em suas portas sem medo e até amanheciam o dia, porque tinha certeza que nada de mal lhe acontecia. Naquele tempo os povos eram mais unidos, resumindo estavam presente em caso de doença até mesmo na morte.
“Cairu pouca população e muita união!”
Apesar de ter muita coisa boa, nem todo mundo vivia bem, devido as dificuldades que eram inúmeras. Mas para superá-las existiam muitas festas populares; por exemplo: o frevo, samba de roda, jornada, procissão, leilões e novenas. Os sambas de roda eram feitos dentro dos carramanchões. Para que as festas fossem realizadas com sucesso os comerciantes cooperavam com os organizadores. Os primeiros comerciantes foram: Januário, Neco da Luz, Paizinho, Zezinho, Mano, Cidú, Elísio, Valdelice e Zé do Samba.
Com todos os sofrimentos a vida era mais sadia e menos perigosa.
Além dos mariscos, tinham como sustento das famílias o cultivo do dendê para fazer o azeite e também o cultivo da mandioca que era fabricação de farinha e uma iguaria muito conhecida como o beiju. Dendê era colhido por etapas, dividiam-se as famílias por colheitas para que não existissem brigas. Depois de catados eram cozidos, pisados e lavados, após esse processo separava-se o azeite. Ai era só enlatar para comercializar.
Do dendê se aproveitava tudo do caroço a casca. A casca virava bagaços que acendia o fogo, os caroços eram partidos para fazer óleos, a produção de óleo foi tão aceita que chegavam caroços até de saveiro para serem partidos. Também naquela época existia o plantio de amendoim maranhão e cana.
As crianças estudavam em casa que serviam de escolas e os professores eram leigos, ou seja, não tinham formação, mas mesmo assim não faltava disciplina nem força de vontade. Graças a Deus a primeira escola foi construída e foi batizada com o nome Escola Visconde de Cairu. A mesma foi construída na década de 60 pelo município de Maragojipe, mas virou uma obra inacabada, daí Cairu passou a ser governado por Salinas da Margarida e para a alegria do povo cairuense a escola finalmente começou a funcionar. As primeiras professoras foram: Éster, Nina, Estelita, Zelita e Célia.
A vida ainda tinha rotina com pouquíssimas mudanças.
Na década de 70 mais ou menos em 75 / 76 o inesperado aconteceu, a energia elétrica chega a Cairu através do Sr. Égas que naquela época era secretario geral da Coelba de Salvador. E com o progresso acontecem as metamorfoses, ou seja, as transformações. Com a chegada da energia melhora o comércio de frutos do mar, os negociantes tinham como congelar os mariscos para levar até Salvador.
Ai foram chegando os meios de comunicação como rádios e televisões, com isso os negociantes foram aprendendo cada dia mais a comprar e vender sem que prejudicassem e nem fossem prejudicados.
Muita coisa mudou no final da década de 70 para o início da década de 80, foram construídas a Escola Clodoaldo Brito e o Posto de Saúde.
A escola foi batizada com esse nome em homenagem à Codó que foi um grande violonista que por onde andava levava seu talento e nunca se esquecia de dizer que era filho de Cairu de Salinas.
Os meios de transportes deixaram de serem de lancha no porto de Cairu e passaram a ser em Barra do Paraguaçu onde já havia sido construída uma ponte de madeira. Com o passar dos anos a ponte de madeira foi substituída por uma ponte de concreto feita pó Benedito Dourado da Luz. Naquele tempo existia os carregadores que ajudavam toda população a levar e trazer suas bagagens principalmente as dos negociantes que por sua vez retribuíam esses com gorjetas. Essas gorjetas os meninos iam correndo para o Bar de Zezinho que era comerciante naquela época e bebiam uns refrescos que para eles era uma delícia!
Esse refresco foi batizado por “agite e beba” de vovô, que vendia muito, acompanhado de pão e chouriça de porco. O agite e beba de vovô fez muito sucesso e todos queriam provar, tinha de diversos sabores: coco velado, mangaba, manga, maracujá e caju. Daí a coisa foi ficando melhor e um dia vovô teve uma grande idéia, comprar bugigangas.
Essa idéia mobilizou todo Cairu e regiões vizinhas, tudo de velho que achavam no lixo que pudesse ser aproveitado vendiam a Zezinho. Os meninos não deixavam vovô em paz. Com isso o comércio foi melhorando, ele comprava, vendia e trocava as mercadorias, o mais interessante era que ele nunca dizia que não queria.
Em 1987 chegava a Cairu o telefone. Melhorou muito a comunicação do local e em seguida chega a água encanada e o Cairu elege seu primeiro representante que foi Elísio Bonfim de Souza que com ajuda da atual prefeita da época trouxe muitos benefícios, por exemplo: a construção da praça principal de Cairu que está localizada na Rua da Igreja. A praça homenageia Antonio Antonino de Souza Conhecido como Alemão, o pai de Elísio. Esse nome foi dado a praça em homenagem a sua pessoa que foi conhecido como herói por ter salvado uma mulher que se jogou do navio em alto-mar e por ter resgatado a hélice de uma lancha que se soltou do eixo.
Com a saída do Navio Maragogipe, os negociantes passaram a viajar de ônibus.
Os negociantes se deslocavam de Cairu até Conceição para pegar o ônibus que ia até Bom Despacho. Esse sofrimento durou um pouco, mas até que um dia a estrada que ligava Conceição a Cairu foi construída. Ai então o ônibus começou a entrar em Cairu.
Em 1992 reelegemos Elísio. O Cairu cada dia que passava crescia mais.
Com a chegada dos dutos da Petrobrás o progresso toma conta de Cairu. O melhoramento das estradas, os jovens começam a sentir o gosto do 1º emprego e a chegada de muitos veranistas. A população só foi aumentando e com isso foi construído um anexo da Escola Januário Heliodoro de Lima que já tinha sido construída na década de 80. O anexo sérvio de pré-escola para acolher as crianças de 5 anos. O Cairu cada dia mais ia crescendo em população e financeiramente, já não era o mesmo, mudou muito em todos os aspectos.
Em 1996 aconteceu um feito histórico, mesmo com a pequena população elege dois vereadores: Eduardo Santos Pereira (Edú) e reelege mais uma vez Elísio Bonfim de Souza. Com isso começa a pavimentação, o Cairu cada dia que passava ficava mais conhecido no estado da Bahia.
A população ficou muito alegre com tantas mudanças; coisas que nunca imaginavam que ia chegar em Cairu estavam chegando era o pregresso em nosso distrito. Mais ou menos no ano de 2000 (dois mil) passa a ter associação de Moradores cujo propósito era de ajudar a população cairuense. Foi designado o 1º presidente da Associação, o Sr. Pedro Bispo dos Santos. O mesmo consegue trazer para a população um projeto para construção de banheiros.
Em 2002 (dois mil e dois) inauguramos a nova Escola Clodoaldo Brito e o Posto de Saúde de Cairu. A escola que tinha 6 cômodos ganhou mais 6. Foi uma alegria só, tanto para os alunos quanto para toda população. O posto de saúde foi construído na antiga escola Visconde de Cairu situado na Rua do Cruzeiro. Os moradores foram beneficiados com ambulância 24h, médicos diariamente, planejamento familiar, pré-natais, preventivos, remédios gratuitos e até tratamento odontológico.
Com o prefeito Wilson o Cairu deu um salto muito alto de 1996 a 2004.
Em 2005 (dois mil e cinco) Wilson deixa um sucessor, “Chico”, que deu continuidade aos seus trabalhos, foram construídas praças, casa do pescador e suportes as associações de Pescadores e Marisqueira e a associação da Terceira Idade. Com a associação de pescadores e marisqueira deu-se início à projetos da Petrobrás como: reforma das casas que foram prejudicadas com a passagem de veículos pesados, as marisqueira foram contempladas com tickets de uma cesta básica e vale gás os pescadores começaram a se conscientizar que tinham direito a “defeso” que consiste em um beneficio de dois salários mínimo na época da desova de camarões.
A associação de pescadores e marisqueira conseguiu trazer o projeto de construção de cozinhas para que tivesse mais comodidade na hora de escaldar e catar seus mariscos.
Em 2009 (dois mil e nove) mais um feito histórico a associação de marisqueira e pescadores consegue beneficiar também as marisqueira com o defeso.
Com muita fé no Criador essa terra cheia de esperança, foi se desenvolvendo com muito sofrimento, o importante de quaisquer população não são riquezas materiais, mas sim, riquezas espirituais. Como já diz uma passagem bíblica: “Tudo posso Naquele que me fortalece”.
Esperamos que os nossos filhos, netos e bisnetos passem usufruir um pouco das coisas boas ainda existentes na nossa terra.
Só “Deus” pode tornar sonhos em realidade!
Esperamos que os nossos filhos, netos e bisnetos passem usufruir um pouco das coisas boas ainda existentes na nossa terra.
Só “Deus” pode tornar sonhos em realidade!
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